No mundo das finanças digitais, o Pix emergiu como uma revolução no Brasil, permitindo transações instantâneas e fáceis. Contudo, o aumento de fraudes e golpes relacionados a essa ferramenta alarmou usuários e autoridades. Com o intuito de combater essas ameaças, novas medidas de segurança começarão a vigorar em novembro.
Instituições financeiras, com orientação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e do Banco Central, adotarão estratégias para proteger os consumidores. As novas diretrizes focam em bloquear atividades suspeitas e em fortificar a proteção de dados pessoais. Investiremos neste blog em detalhar essas mudanças e como elas impactarão o uso do Pix, visando informar os leitores sobre os avanços para uma utilização mais segura dessa valiosa ferramenta.
Mudanças fundamentais para um pix seguro
As novas restrições incluídas no sistema de pagamento instantâneo, como o Pix, visam limitar o valor das transações quando realizados em dispositivos não cadastrados. Isso significa que, ao acessar a conta a partir de um novo aparelho, será necessário passar por um processo de verificação com a instituição financeira. Inicialmente, as movimentações estarão sujeitas a um limite máximo de R$ 200 por operação ou R$ 1.000 por dia.
Após o cadastro e a verificação completa do novo dispositivo, o consumidor poderá solicitar um aumento nos valores permitidos, que será efetivado em até 48 horas. Essa medida oferece um período seguro para adaptação a um novo dispositivo, garantindo que apenas usuários legítimos tenham acesso total às suas contas.
Outra mudança crucial diz respeito às comunicações enviadas pelas instituições financeiras; todas elas deverão ser feitas exclusivamente através dos aplicativos dos bancos. Essa abordagem visa eliminar a eficácia de mensagens fraudulentas enviadas por meios externos, como SMS ou e-mails, que enganam clientes para que revelem informações bancárias confidenciais.
Soluções para gerenciamento de riscos
Uma das novas implementações que tornarão o Pix mais seguro está no reforço do gerenciamento de riscos pelas instituições financeiras. Estes mecanismos são desenhados para identificar qualquer transação que divergem do comportamento usual do cliente. Essa tecnologia avançada usa diversos critérios para detectar e prevenir atividades suspeitas, desde tentativas de login incomuns até padrões de transação que levantem suspeitas.
Os bancos são agora obrigados a revisar periodicamente, pelo menos a cada seis meses, o histórico de transações dos clientes para identificar comportamentos anômalos. Tal sistema permite intervenções proativas antes que ocorra algum possível golpe, reduzindo significativamente o risco de perda de fundos para os clientes.
Implementações como essas são determinantes para que o sistema não apenas se mantenha eficiente, mas também que inspire confiança nos seus usuários. A colaboração entre Febraban e Banco Central reflete o compromisso dos setores financeiros e governamentais em criar um ecossistema digital seguro. Vamos compreender agora como outras configurações de segurança reforçam esse novo padrão.
Configurações de limites: ajustes personalizáveis
A definição de limites personalizados do Pix já era uma opção para os usuários em diversos aplicativos bancários, permitindo mais controle sobre as finanças. Essa vantagem continuará a expandir-se com as novas medidas. Os clientes podem ajustar seus próprios limites de transação diária, com a capacidade de personalizar para horários específicos e tipos de contas.
Por exemplo, em horários noturnos, quando as fraudes são mais prováveis, os clientes podem optar por reduzir o limite de transações permitido. Esse ajuste não apenas minimiza a exposição ao risco de fraude, mas também garante que, em caso de perda do dispositivo, as chances de uma transação indesejada ocorrendo sejam significativamente reduzidas.
Proteger e informar: estratégias de comunicação
Para que o aprimoramento do sistema seja eficaz, a comunicação clara e precisa entre os bancos e seus clientes é primordial. A Febraban instrui as instituições financeiras a investirem em campanhas educativas sobre as novas medidas de segurança. Isso inclui alertar continuamente sobre golpes comuns e a importância de verificar todas as comunicações através dos canais bancários oficiais.
Além disso, é necessário enfatizar a importância do não compartilhamento de informações bancárias por plataformas que não sejam diretamente os aplicativos dos bancos. Mensagens fraudulentas que pedem para clicar em links suspeitos podem parecer legítimas e, por isso, reforçar o conhecimento dos clientes é essencial.
Cadastro e verificação regular de dispositivos
A etapa de cadastramento e verificação regular dos dispositivos usados para acessar o Pix é crucial na proteção contra fraudes. Deve-se garantir que todos os dispositivos usados estejam devidamente registrados junto à instituição financeira, o que facilita o monitoramento e o bloqueio de qualquer atividade atípica.
Assim que um cliente realiza o cadastro inicial de um novo dispositivo, a ação serve como uma defesa contra uso não autorizado, dificultando que fraudadores utilizem dispositivos não verificados para realizar transações de alto valor. Além disso, deve-se tomar cuidado para manter o dispositivo sempre atualizado e protegido contra malwares e outras ameaças cibernéticas.